terça-feira, 16 de novembro de 2010

Educação Inclusiva


Para falar de educação inclusiva, temos de abordar, antes, a questão da inclusão social, ou seja, o processo de tornar participantes do ambiente social total (a sociedade humana vista como um todo, incluindo todos os aspectos e dimensões da vida - o econômico, o cultural, o político, o religioso e todos os demais, além do ambiental) todos aqueles que se encontram, por razões de qualquer ordem, excluídos.
Exclusão social e inclusão social são conceitos dialéticos, polarizados, simétricos e constituem uma das grandes preocupações da sociedade atual.
Como excluídos, podemos considerar todos os grupos de pessoas que não participam, em nossa sociedade capitalista, do consumo de bens materiais (produtos e mercadorias) e/ou serviços.
Ou seja: aqueles que estão fora do processo produtivo (desempregados e sub-empregados), do acesso a bens culturais, saúde, educação, lazer e outros, todos componentes da cidadania.
O conceito exclusão social veio substituir, no Brasil, a partir dos anos oitenta, conceitos menores e setoriais, como segregação, marginalização, discriminação, miséria, pobreza.
Organismos governamentais, organizações não-governamentais, e organizações internacionais voltadas para o desenvolvimento econômico e social (BID, Banco Mundial, ONU e suas subsidiárias - UNESCO, UNICEF, FAO e outras) tendo em vista o avanço da globalização e do neo-liberalismo, têm se preocupado o aumento significativo de populações marginalizadas, seja pelo sub-desenvolvimento, pelo desemprego ou, ainda, vítimas de preconceito e discriminação religiosa, étnica e cultural.
Assim, a inclusão social se apresenta como um processo de atitudes afirmativas, públicas e privadas, no sentido de inserir, no contexto social mais amplo, todos aqueles grupos ou populações marginalizadas historicamente ou em conseqüência das radicais mudanças políticas, econômicas ou tecnológicas
da atualidade.
Uma das dimensões do processo de inclusão social é a inclusão escolar conjunto de políticas públicas e particulares de levar a escolarização a todos os segmentos humanos da sociedade, com ênfase na infância e juventude.
Nesse contexto, recebem atenção especial a integração de portadores de deficiências (físicas ou mentais) nas escolas regulares, o ensino voltado para a formação profissionalizante e a constituição da consciência cidadã.
No Brasil, a Constituição de 1988, assim como a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) destacam a importância e urgência de promover-se a inclusão educacional como elemento formador da nacionalidade.
Os sistemas educacionais federais, estaduais e municipais, assim como a rede privada de escolas têm envidado esforços no sentido de operacionalizar os dispositivos legais que exigem ou amparam iniciativas no caminho da inclusão escolar.
A legislação a respeito, recente e ainda pouco conhecida até pelo professorado, coloca a questão nos termos os mais amplos possíveis: a inclusão escolar é para todos aqueles que se encontram à margem do sistema educacional, independentemente de idade, gênero, etnia, condição econômica ou social, condição física ou mental.
A radicalidade com que a legislação contempla a inclusão escolar - principalmente quanto à população portadora de necessidades especiais, entre eles os deficientes físicos e mentais - tem suscitado questionamentos da sociedade e de grupos específicos - como os agentes educacionais, pais e mesmo das clientelas-alvo - sobre a forma de operacionalizar a inclusão, mesmo sendo consenso geral a necessidade e o direito à inclusão.
Os questionamento são de todo tipo - técnicos, administrativos, institucionais - e a maior parte revelando dois aspectos fundamentais: a ignorância sobre as características das clientelas a serem incluídas e o preconceito gerado a partir dessa ignorância.

Qual é a clientela -alvo da educação inclusiva?
- pobres
- negros e pardos
- crianças e idosos
- mulheres
- homossexuais
- portadores de incapacidades e deficiências físicas e mentais.

Ou seja - a população desfavorecida economicamente ou alvo de estigmas sociais de toda ordem.
Onde se encontra essa clientela-alvo? Geralmente, na periferia dos grandes centros urbanos e nas zonas rurais.
Através de que instituição a educação inclusiva terá exeqüibilidade? Sem dúvida, a escola pública, tradicionalmente reconhecida como a escola dos excluídos.
Os professores estão preparados para esse empreendimento? Não, e é necessário proceder à sua formação, começando com a informação e a conscientização dos mesmos.
O que não se pode - em termos de uma visão macro-social - é preparar professores e só depois (depois, quando?) proceder a iniciativas de inclusão escolar.
O professor, como agente de mudança, deve ter em mente, sempre, a responsabilidade social que o cargo lhe confere e participar decisivamente do esforço de inclusão - apesar dele mesmo, enquanto categoria profissional, não receber reconhecimento, no Brasil, de sua importância na formação educativa da população.
A inclusão educacional é, certamente, o caminho definitivo para que deixemos de ser o país de maior riqueza (potencial) e, ao mesmo tempo, palco das maiores injustiças sociais da história da humanidade.

Inclusão Social


É difícil pensarmos que pessoas são excluídas do meio social em razão das características físicas que possuem, como qualquer outra, como cor da pele, cor dos olhos, altura, peso e formação física. Já nascemos com essas características e não podemos de certa forma ser culpados por tê-las.
A inclusão está ligada a todas as pessoas que não tem as mesmas oportunidades dentro da sociedade. Mas os excluídos socialmente são também os que não possuem condições financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, os idosos, os negros e os portadores de deficiências físicas, como cadeirantes, deficientes visuais, auditivos e mentais. Existem as leis específicas para cada área, como a das cotas de vagas nas universidades, em relação aos negros, e as que tratam da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena em relação à inclusão social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem cooperar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecido por um grupo que é maioria. E diante dos olhos deles, também somos diferentes.
E é bom lembrar que as diferenças se fazem iguais quando colocadas num grupo que as aceitem e as consideram, pois nos acrescentam valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida.

Fonte: http://www.brasilescola.com/educacao/inclusao-social.htm

Inclusão social é um termo amplo, utilizado em contextos diferentes, em referência a questões sociais variadas. De modo geral, o termo é utilizado ao fazer referência à inserção de pessoas com algum tipo de deficiência às escolas de ensino regular e ao mercado de trabalho, ou ainda a pessoas consideradas excluídas, que não tem as mesmas oportunidades dentro da sociedade, por motivos como:

# Condições sócio – econômicas
# Gênero
# Raça
# Falta de acesso a tecnologias (exclusão digital)

A inserção dessas pessoas que se encontram a margem da sociedade ou o acesso as tecnologias aos excluídos digitais ocorre, geralmente, por meio de projetos de inclusão social, o que reforça a utilização desse termo. Porém, alguns autores defendem que não existe o “fora” ou “dentro” da sociedade, já que todas as pessoas são produtos dela.
O processo de inclusão social de pessoas com necessidades especiais tornou-se efetivo a partir da Declaração de Salamanca, em 1994, respaldada pela Convenção dos Direitos da Criança (1988) e da Declaração sobre Educação para Todos (1990).
Os projetos de inclusão social de maior repercussão são os seguintes:
– O processo de inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas de ensino regular;
– A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho nas empresas com mais de cem funcionários, proporcionalmente.
– O sistema de cotas para negros, índios e estudantes egressos da escola pública nas universidades;
A inclusão social, em suas diferentes faces, é efetivada por meio de políticas públicas, que além de oficializar, devem viabilizar a inserção dos indivíduos aos meios sociais. Para isso, é necessário que sejam estabelecidos padrões de acessibilidade nos diferentes espaços (escolas, empresas, serviços públicos), assim como é necessário o investimento em formação inicial e continuada dos profissionais envolvidos no processo de inclusão, principalmente dos professores.

Fonte: http://www.infoescola.com/sociologia/inclusao-social/

Segundo a psicologia social...

Para compreender o que é o preconceito, convém entender primeiro o conceito de atitude baseado nos estudos da Psicologia Social.

ATITUDE é um sistema relativamente estável de organização de experiências e comportamentos relacionados com um objeto ou evento particular. Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo - crenças e idéias, valores afetivos associados de sentimentos e emoções que por sua vez levam a uma série de tendências comportamentais – predisposições. Portanto, toda atitude é composta por três componentes: um cognitivo, um afetivo e um comportamental:

a cognição – o termo atitude é sempre empregado com referência à um objeto. Toma-se uma atitude em relação à que? Este objeto pode ser uma abstração, uma pessoa, um grupo ou uma instituição social.
o afeto – é um valor que pode gerar sentimentos positivos, que por sua vez gera uma atitude positiva; ou gerar sentimentos negativos que pode gerar atitudes negativas.
o comportamento –a predisposição : sentimentos negativos levam a aproximação e negativos ao esquivamento ou escape.
Desta forma, entende-se o PRECONCEITO como uma atitude negativa que um indivíduo está predisposto a sentir, pensar, e conduzir-se em relação a determinado grupo de uma forma negativa previsível.

CARACTERÍSTICAS DO PRECONCEITO:

É um fenômeno histórico e difuso;
A sua intensidade leva a uma justificativa e legitimização de seus atos;
Há grande sentimento de impotência ao se tentar mudar alguém com forte preconceito.
Vemos nos outros e raramente em nós mesmos.
EU SOU EXCÊNTRICO, VOCÊ É LOUCO!

Eu sou brilhante; você é tagarela; ele é bêbado.
Eu sou bonito; você tem boas feições; ela não tem boa aparência.
Eu sou exigente; você é nervoso; ele é uma velha.
Eu reconsiderei; você mudou de opinião; ele voltou atrás na palavra dada.
Eu tenho em volta de mim algo de sutil, misterioso, de fragrância do oriente; você exagerou no perfume e ele cheira mal.

CAUSAS DO PRECONCEITO:
Assim como as atitudes em geral, o preconceito tem três componentes: crenças; sentimentos e tendências comportamentais. Crenças preconceituosas são sempre estereótipos negativos.
Segundo Allport(1954) o preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que em determinadas circunstâncias podem se transformar em raiva e hostilidade. As pessoas que se sentem exploradas e oprimidas freqüentemente não podem manifestar sua raiva contra um alvo identificável ou adequado; assim, deslocam sua hostilidade para aqueles que estão ainda mais “baixo”na escala social. O resultado é o preconceito e a discriminação.
Já, para Adorno(1950) a fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante. Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais. Partidárias do seguimento às normas e do respeito à tradição, elas são hostis com aqueles que desafiam as regras sociais. Respeitam a autoridade e submetem-se a ela, bem como se preocupam com o poder da resistência. Ao olhar para o mundo através de uma lente de categorias rígidas, elas não acreditam na natureza humana, temendo e rejeitando todos os grupos sociais aos quais não pertencem, assim, como suspeitam deles. O preconceito é uma manifestação de sua desconfiança e suspeita.
Há também fontes cognitivas de preconceito. Os seres humanos são “avarentos cognitivos” que tentam simplificar e organizar seu pensamento social o máximo possível. A simplificação exagerada leva a pensamentos equivocados, estereotipados, preconceito e discriminação.
Além disso, o preconceito e a discriminação podem ter suas origens nas tentativas que as pessoas fazem para se conformar(conformidade social). Se nos relacionamos com pessoas que expressam preconceitos, é mais provável que as aceitemos do eu resistamos a elas. As pressões para a conformidade social ajudam a explicar porque as crianças absorvem de maneira rápida os preconceitos e seus pais e colegas muito antes de formar suas próprias crenças e opiniões com base na experiência. A pressão dos colegas muitas vezes torna “legal” ou aceitável a expressão de determinadas visões tendenciosas – em vez de mostrar tolerância aos membros de outros grupos sociais.

REDUÇÃO DO PRECONCEITO: A convivência, através de uma atitude comunitária é , talvez a forma mais adequada de se reduzir o preconceito.

COMO FUNCIONA O ESTEREÓTIPO:
É um conjunto de características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria social. É um esquema simplista mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência direta. Pode envolver praticamente qualquer aspecto distintivo de uma pessoa – idade, raça, sexo, profissão, local de residência ou grupo ao qual é associada.
Quando nossa primeira impressão sobre uma pessoa é orientada por um estereótipo, tendemos a deduzir coisas sobre a pessoa de maneira seletiva ou imprecisa, perpetuando, assim, nosso estereótipo inicial.


RACISMO:
É a crença na inferioridade nata dos membros de determinados grupos étnicos e raciais. Os racistas acreditam que a inteligência, a engenhosidade, a moralidade e outros traços valorizados são determinados biologicamente e, portanto, não podem ser mudados. O racismo leva ao pensamento ou/ou:ou você é um de nós ou é um deles.

Fonte: http://www.brasilescola.com/psicologia/atitude-preconceito-estereotipo.htm

Preconceito Religioso

              Há uma espécie de preconceito espontâneo em relação a tudo que é diferente ou desconhecido. É preciso "des-preconceituar", na igreja oficial, a maneira de ver a religião do povo, mesmo aquilo que pareça estranho ou esquisito ao "modus vivendi" oficial. Na igreja oficial, ainda encontramos cientistas, padres e outros que impõem seu modo de pensar e sentir como norma a todos. Riem dos “outros” ou ficam com dó. E isso atrapalha o processo da inculturação. É preciso entender a manifestação religiosa popular em sua gênese, em suas razões, em seus mecanismos de resistência. A religiosidade popular é a vida e a religião dos pobres e não pode ser reduzida à raridade, ao pitoresco, ao curioso, ao folclórico.
                   Em 1953, num festival internacional de folclore, em Nice na França, o papa Pio XII advertiu os presentes quanto ao perturbado conceito do folclore considerado por muitos mera sobrevivência dos tempos passados, “digna sem dúvida de ser posta em evidência em ocasiões excepcionais, mas sem grande interesse para a vida de hoje. (...) O fato de esta idéia se encontrar bastante espalhada denuncia uma das mais lamentáveis conseqüências do século presente”.
A ciência teológica ainda não dispõe de uma linguagem conceitual capaz de abordar, com segurança e sem preconceito, assuntos como: os antepassados e as almas, as simpatias, o transe, a adivinhação, a tradição oral, a revelação divina nas matas ou nas águas, a folia, a dança ritual, as promessas e os ex-votos, a experiência religiosa do negro e do índio, a lavagem do Bonfim.
                  Há os que entendem a religiosidade popular como "a religião dos que só entram na igreja carregados: no batismo, na primeira comunhão, no casamento e no enterro". Outros afirmam: "O povo tem religiosidade, mas não tem uma fé comprometida". Há quem diga: "A religiosidade popular é uma religião cega que não tem nada de bom para dar ao povo a não ser superstições".  Outro preconceito seríssimo ouvido na semana santa: “O povo tem fé no Senhor Morto e não acredita na ressurreição”. Além disso, a religiosidade popular seria “milagreiro”, “pietista”, “conformista”, "individualista".
                 É um erro achar que a religiosidade, o folclore e toda a cultura popular não devem mudar e que precisam ser protegidas e conservadas em seu estado original e puro. Pensando bem, a cultura do pobre é sua vida. A cultura e a religiosidade popular são dinâmicas e mudam constantemente. O protagonista da mudança é o próprio povo livre, consciente e resistente.

Fonte: http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/preconceito.htm

O que é? Qual a motivação?

Forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência. Estas atitudes vem acompanhadas por teorias justificativas. O racismo e o etnocentrismo defendem e praticam a superioridade de povos e raças.
Alguns preconceitos étnicos: “Todo cigano é ladrão.”  "O judeu é perverso": v. Anti-semitismo. "Os índios em geral são improdutivos e preguiçosos";  "Todo negro é adepto de feitiçaria". Outros preconceitos: a mulher no volante e o velho vagaroso são ridicularizados e acabam excluídos. Há patrões que defendem: "A todo operário falta a inteligência”. O pobre que "nada tem" (não contribui financeiramente, não compra, não paga imposto) e "nada sabe", é marginalizado na sociedade. Não vendo a sua participação valorizada, ausenta-se. Em seguida, os pobres são acusados de apatia, preguiça, ingenuidade e de fuga nas festas. Finalmente lembramos aqui os preconceitos moralistas contra o corpo nu, contra a dança, a umbigada. E o preconceito contra a magia. 
               O preconceito pode ser motivado pelo medo. Falta a coragem de ir conhecer um terreiro do candomblé, de visitar um doente com aids. O medo da lepra tem uma história milenar.

Preconceito

Preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. As principais formas são: preconceito racial, social e sexual. O preconceito racial é caracterizado pela convicção da existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história. Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Podemos citar o exemplo da civilização grega, onde o bárbaro (estrangeiro) era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão longes socialmente. Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é baseado na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências e na empatia.